NA ANTROPOFAGIA DE EPISTEMOLOGIAS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS: A TRANSMETODOLOGIA
Palavras-chave:
Ciências Sociais Aplicadas. Epistemologias. Formação do pesquisador.Resumo
Neste texto apresento análises realizadas acerca de algumas epistemologias das ciências sociais aplicadas, para tal intento realizei uma pesquisa exploratória em livros e artigos de diversos teóricos, a qual denominei de “antropofagia-científica”. Essa “antropofagia” é apresentada como uma lógica dialética – em que a construção do conhecimento se realiza por múltiplas relações estabelecidas entre a pesquisadora e as teorias, não numa perspectiva dicotômica, mas numa relação de interdependência entre o sujeito que deseja conhecer e o objeto (complexo e dinâmico) a ser conhecido. As atitudes reflexivas acerca da constituição de alguns paradigmas que fundamentaram e fundamentam as epistemologias analisadas foram estruturadas a partir das indagações: Que resultados científicos já estão constituídos para se eleger uma ciência como verdadeira? Como a interseção conhecimento de mundo e científico se estrutura na produção do conhecimento? Tem-se epistemologia ou epistemologias? Que epistemologia tem sido adotada nas ciências sociais aplicadas? As “antropofagias” realizadas no percurso sinalizaram que as epistemologias de qualquer área do conhecimento estão sempre em construção, frente ao dinamismo dos objetos de pesquisa, do próprio conhecimento e dos sujeitos. Pois, a produção do conhecimento se faz por relações fluiídas, por rupturas e continuidades com os saberes acumulados e novos; assim também por mestiçagem de teorias e de métodos. Portanto, a transmetodologia tem sido apontada como epistemologia que permite essa confluência e a autonomia do pesquisador.