Marcadores de cidades globais nos discursos de turismo de São Paulo
Análise dos PLATUMs de 1999 a 2024
DOI:
https://doi.org/10.61564/raoit.v18n2.8934Palavras-chave:
Planos de turismo, cidades globais, PLATUM, São PauloResumo
Os planos de turismo, por serem instrumentos do planejamento da gestão pública sobre o turismo, representam o discurso oficial e por meio deles é possível identificar o posicionamento de São Paulo como uma cidade global. O objetivo deste trabalho foi analisar se e como os Planos de Turismo Municipal (PLATUMs) de São Paulo fazem referências a elementos de cidades globais. Com abordagem qualitativa e caráter descritivo exploratório, a partir de uma pesquisa bibliográfica no Scopus, foi criado um framework composto por 10 marcadores (que mais se destacaram na literatura) e aplicado nas nove versões dos PLATUMs (de 1999 a 2024 - 2029). Isso foi feito com o intuito de analisar como a gestão pública de turismo posicionou a cidade com atributos globais, ainda que, por vezes, sem uma intenção explícita dos responsáveis pelos planos. Outro intuito foi analisar se e como houve evolução em como os marcadores foram mencionados ao longo de 25 anos. Para isso, foram apresentadas as principais passagens dos 10 marcadores ao longo dos anos. Em geral, os marcadores que mais se manifestaram foram “apelo à tecnologia da informação e busca por inovação” e “economia criativa,
artes e cultura”; o marcador que menos foi feito menção é o da “economia compartilhada”. Este último indica uma tendência por ter sido mencionado somente nos dois últimos planos Como outras cidades globais, São Paulo se promove de modo paradoxal, combinando padrões internacionais de turismo com a valorização de suas heterogeneidades locais.
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