APLICANDO A SAE EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO INTEGRALIZADOR
Resumo
De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN nº 358/2009)2, a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. Segundo Valdigem e Munerato, (2006-2014) as doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o infarto é uma das principais causas. Um ataque cardíaco ocorre quando o fluxo de sangue que leva ao miocárdio é bloqueado por um tempo prolongado, de modo que parte do músculo cardíaco seja danificado. O infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco pode ser fatal. Com tratamento adequado, é possível evitar danos significativos no músculo cardíaco e isso é primordial para que o paciente possa sobreviver. O infarto agudo do miocárdio ocorre quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração (chamadas artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria. A presença de placas de gordura no sangue é chamada de aterosclerose. O paciente que possui placas de aterosclerose com algum grau de obstrução na luz de uma artéria tem a chamada DAC – doença arterial coronariana. Conforme a placa de gordura (ateroma) cresce, ela leva à obstrução cada vez maior da coronária e pode levar ao sintoma de dor no peito aos esforços (angina). Em geral, uma pessoa tem sintoma de dor no peito aos esforços quando a obstrução é maior que 70%. Então, é possível que alguém que não sinta nada em caminhadas ou até em corridas possa sofrer um IAM? Sim! Cerca de 50% a 60% dos infartos ocorrem em pessoas previamente assintomáticas. Por conta disso, o check-up é tão importante. Um ataque cardíaco também pode ocorrer devido a uma ruptura na artéria do coração, ou tumores que deslocam de outras partes do corpo pelo sangue. O Infarto Agudo do Miocárdio também pode ocorrer se o fluxo sanguíneo para o coração é severamente diminuído, em situações como a pressão arterial muito baixa (choque). Em relação a quantificação hemodinâmica e angiocardiografia da cardiopatia isquêmica, Killip e Kimball (1967) nos mostra que, o grau I: não há sinais de insuficiência cardíaca, grau II: Insuficiência cardíaca "discreta" (presença de estertores pulmonares em bases e/ou presença de galope ventricular B3 - terceira bulha), grau III: quando há edema agudo de pulmão, e grau IV: Choque Cardiogênico. Os principais fatores de risco para o IAM são: homens acima dos 45 anos e mulheres com 55 anos ou mais tem maior propensão ao infarto, tabagismo, hipertensão, colesterol elevado, diabetes, histórico familiar de IAM, sedentarismo, obesidade, estresse, alcoolismo, uso de drogas ilegais estimulantes, como a cocaína. A dor do infarto pode ser típica ou atípica. Casos de dor atípica podem ser mais difíceis de caracterizar. Em geral se diz que a dor do infarto pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. A dor típica tem como características ser no meio do peito, em aperto, irradiando para o braço esquerdo, acompanhada de sudorese, náusea e palidez cutânea. As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos seguintes sintomas: Vômitos, suor frio, fraqueza intensa, palpitações, falta de ar, ansiedade, fadiga, sonolência, tontura ou vertigem. Durante o estágio supervisionado em um Centro de Terapia Intensiva Cardiológica, nós acadêmicas de enfermagem prestamos cuidados a um cliente em tratamento para IAM classificado em Killip III. Para assistir a esse cliente foi aplicado a sistematização da assistência de enfermagem (SAE), seguindo os preceitos de NANDA (2012-2014). Vale ressaltar que os Diagnósticos de Enfermagem identificados não consideram as necessidades individuais desses pacientes, ou seja, os diagnósticos de enfermagem que podem ser aplicados em qualquer usuário com IAM.Downloads
Publicado
2016-07-27
Como Citar
de Souza, F. F., Maia, A. C. L. C. B., Garioli, G. S., de Sousa, M. C. R., da Silva, P. S., & Karam, M. de A. (2016). APLICANDO A SAE EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO INTEGRALIZADOR. Revista Rede De Cuidados Em Saúde, 10(3). Recuperado de https://publicacoes.unigranrio.edu.br/rcs/article/view/3124
Edição
Seção
Resumo Expandido