“VIDAS QUE IMPORTAM”: relações patriarcais de gênero e violência contra as mulheres no Brasil

Resumo

A violência de gênero se adiciona à muitas outras e se revela de múltiplas formas/contornos nessa sociedade de base material capitalista e patriarcal. Compreendendo a relevância de se pensar essa temática, temos como objetivo analisar as relações patriarcais de gênero na sua intersecção com as violências contra a mulher no Brasil. De forma mais específica, buscamos com este artigo discutir as conexões históricas, sociais e culturais existentes sobre as diversas formas de violência que afetam a vida das mulheres; refletir sobre a ocorrência deste fenômeno na contemporaneidade e, dialogar sobre o processo cíclico das violências nas quais as mulheres estão contextualizadas face as relações patriarcais de gênero. Como prevalecente nos dados de pesquisas mais recentes a nível nacional, são as mulheres negras, pobres, de baixa escolaridade e em idade reprodutiva as mais vulneráveis e suscetíveis as violências. Comumente, as principais e mais graves violências aconteceram dentro de casa e tiveram como autor companheiros, ex-companheiros ou figuras de sua proximidade relacional.