Botequins tradicionais do Rio de Janeiro: estratégia de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/raoit.v13n2.5378

Palavras-chave:

Bares/botequins, Patrimônio cultural carioca, Patrimônio imaterial, Rio de Janeiro, Turismo

Resumo

Botequim é um tipo muito popular de bar no Rio de Janeiro. Os botequins tradicionais são símbolos culturais da cidade, pois traduzem a alma e o jeito de ser carioca, resgatam aspectos de uma cultura, além de representarem a identidade e as formas de ocupação deste povo. Desde 2011, em razão do seu valor simbólico, esses estabelecimentos vêm sendo declarados “Patrimônio Cultural Carioca” em diferentes instrumentos normativos. Este artigo identifica e analisa a legislação-base relacionada aos botequins cariocas que são Patrimônio Cultural Carioca pelo poder público municipal. É do interesse deste trabalho apresentar a evolução dos instrumentos de gestão para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial associado a esses estabelecimentos gastronômicos. Essa pesquisa tem natureza exploratória e qualitativa, com procedimentos metodológicos obtidos por meio de pesquisa bibliográfica, documental e de campo, com a realização de entrevistas. Esse estudo identifica mudança no enfoque dado ao patrimônio cultural imaterial pelo poder público municipal. Esse novo direcionamento das ações tem relação direta com a parceria entre Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-RJ), para a requalificação dos negócios tradicionais do centro da cidade, que oportunizou a abertura e o registro dos estabelecimentos no Livro de Registro das “Atividades Econômicas Tradicionais e Notáveis”. A análise apresenta ações que se desdobraram a partir desta estratégia de salvaguarda patrimonial pelo IRPH, as quais promovem a valorização da identidade cultural local, agregam valor à marca e ao produto turístico “botequim tradicional” e podem contribuir para o desenvolvimento do turismo no Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

Joice Lavandoski, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Bacharel e Mestre em Turismo pela Universidade de Caxias do Sul (UCS/Brasil). Doutora em Turismo pela Universidade do Algarve (UALG/Portugal). Professora Adjunta no curso de Licenciatura e Bacharelado em Turismo da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO/Brasil). É membro do Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações (CIEO/Ualg), membro da Academia Internacional para o Desenvolvimento da Pesquisa em Turismo (ABRATUR/Brasil), pesquisadora no Grupo de Pesquisas Interdisciplinares em Turismo e Cidades (INTERTUR/UNIRIO), coordenadora do Projeto de Pesquisa “Estudos sobre a Gastronomia como Bem Cultural para o Turismo (GASTROCULTUR/UNIRIO)”, revisora ad hocem periódicos nacionais e internacionais em Turismo. Áreas de interesse: turismo, enoturismo, turismo gastronômico, planejamento e gestão do turismo, eventos.

Gabriel Giglio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Estudante do Curso de Bacharelado em Turismo pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), bolsista do Projeto de Pesquisa “Estudos sobre a Gastronomia como Bem Cultural para o Turismo (GASTROCULTUR/UNIRIO)”.

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

Lavandoski, J., & Giglio, G. (2019). Botequins tradicionais do Rio de Janeiro: estratégia de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. REVISTA ACADÊMICA OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO DO TURISMO, 13(2), 38–60. https://doi.org/10.17648/raoit.v13n2.5378

Edição

Seção

Artigos