MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DE BIOMATERIAIS
Resumo
Como o aumento da expectativa de vida da população, observa-se um maior número de perdas ósseas significativas, que podem ocorrer em função de acidentes e/ou patologias como cistos ou tumores. Dependendo da extensão, da localização e das características da lesão, o organismo consegue regenerar o tecido ósseo. Entretanto, em defeitos ósseos extensos ou perenes, o organismo consegue apenas reparar o local com um tecido fibroso que não é compatível com a função do tecido ósseo.
Diante disso, muitos biomateriais alternativos e estratégias de tratamento tem sido desenvolvidos, no intuito de auxiliar a regeneração do tecido ósseo.
Biomateriais para reparo ósseo são compostos naturais ou sintéticos utilizados nas clínicas médicas e odontológicas, que auxiliam a reparação óssea e apresentam biocompatibilidade, previsibilidade, aplicação clínica sem riscos trans-operatórios e seqüelas pós-operatórias mínimas, além de aceitação por parte do paciente.
Independente do biomaterial desenvolvido, o primeiro nível de testes, dentro da avaliação de biocompatibilidade (International Standardization for Organization, ISO 10993-5, 2009) é a determinação da citotoxidade, através de testes in vitro. Em comparação com as investigações in vivo, os estudos in vitro são mais facilmente controlados, apresentam melhor reprodutibilidade e constituem uma proposta extremamente razoável. Além disso, os ensaios de citotoxicidade estão em consonância com os príncipios dos 3Rs: redução, refinamento e substituição (reducement, refinement e replacement), preoconizados por Russel e Burch.