Hibridismo cultural: carioquês e nordestinidade na construção de uma nova identidade
Palavras-chave:
Hibridismo, Cultura, Identidade, NordestinidadeResumo
O sujeito que sai do nordeste, não significa que o nordeste saiu dele. Ser carioquês, não significa perder a nordestinidade. Não declamar, não significa deixar de ser poeta. Não sonhar, não significa perder as esperanças. Ser nordestino é transitar nas fronteiras culturais do local para o global, da periferia para o centro é transitar no não lugar. São diversos os motivos que levam os nordestinos a não abandonar, mas a deixar seus familiares para conquistar espaços, dignidade e qualidade de vida. Nesse processo diaspórico muitos vão e não voltam mais, muitos vão e se perdem muitos vão e não conseguem retornar, pois são diversos os fatores que condicionam esses imigrantes. Vivermos uma cultura globalizada não significa perdermos nossos valores e muito menos nos envergonharmos deles, ao contrário, é tê-lo como base para alçarmos novas experiências e novas perspectivas. A pós-modernidade enuncia o esgotamento da modernidade, isso não quer dizer que o nordestino ao se retirar do seu local de origem esgotaria a sua nordestinidade. A sua Identidade sofrerá deslocamentos, porém a sua raiz será preservada. O pós representa quase sempre o deslocamento, ou melhor, o desdobramento, algo que se transforma que se desloca que se descentra que perde o seu núcleo, mas que não perde a sua essência.