“A Bright Room Called Day” de Tony Kushner: uma lição sobre a memória para não ser esquecida
Palavras-chave:
memória, política, teatroResumo
A Bright Room Called Day não é uma peça ‘confortável’ e, muito menos, fará o espectador se sentir seguro. A única segurança dada por Kushner é a certeza da crítica à história, assim como o fez Walter Benjamin e Bertolt Brecht antes dele. Inspirada em Terror e miséria do Terceiro Reich de Bertolt Brecht – a peça é supostamente sobre a morbidez e o misticismo em face da maldade política. Mas é, em grande medida, uma manifestação do tipo de reação que ela busca causar – a íntima ligação entre o passado e o presente e o fato de esta conexão não poder ser mais ignorada. A peça é quase um sinal de incêndio, como uma forma de entender o presente usando o passado como exemplo para evitar o que é iminente, fazendo o que Benjamin já não mais acreditava que seria possível. Este ensaio pretende rememorar o terror da possibilidade da guerra e da banalidade da maldade facilmente perpetrada durante momentos conturbados da história – aqueles que não devem ser apagados da memória.