MEMÓRIAS FEMININAS NEGRAS: decolonizar é contar a história que os livros não contam

Autores

  • Alexandra Alves da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Raquel Souza de Morais Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0001-7952-2239
  • Vanessa da Fonte Cabral Viégas Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Literatura decolonial, literatura afro-brasileira, autoria feminina.

Resumo

O presente trabalho visa apresentar uma reflexão acerca do romance O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, denominado pela própria autora como romance histórico-policial. Além do conteúdo do romance estar alinhado ao pensamento decolonial, a incursão da autora na ficção detetivesca também é significativa já que ela se apropria de uma literatura que nasceu e tem maior tradição em países anglófonos e que por muitos anos representou e reproduziu a ideologia europeia burguesa. Sob o aporte teórico de autores como Conceição Evaristo (2017a), Françoise Vergès (2022), Lilia Moritz Schwarcz (2019) e Lélia Gonzalez (2020), defendemos a ideia de que o referido romance interpela a História oficial de modo que se pretende investigar no livro a nossa ancestralidade, a história apagada e/ou silenciada e a memória dos africanos escravizados, resgatando o que ficou perdido no processo de imposição do poder colonialista. Partindo de um assassinato, o detetive de O crime do Cais do Valongo nos revela as mazelas de um dos maiores crimes cometidos contra a humanidade: a escravidão.

Biografia do Autor

Alexandra Alves da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Alexandra Alves da Silva - é mestranda em Literatura Comparada (UERJ - FFP). Atua desde 2001 na educação básica, como professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação nos ensinos fundamental e médio (Rede privada). É membro do grupo de pesquisa GEFIS (Grupo de Estudos Feministas e Interseccionais) do CNPq (PPLIN / UERJ-FFP). Sua pesquisa está centrada em violências sistêmicas e decoloniais de autoria feminina. Link para o currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/7045452830200358. E-mail: [email protected].

Raquel Souza de Morais, Universidade Federal Fluminense

Raquel Souza de Morais é doutoranda em Literatura Comparada (UFF) e Mestra em Letras (UERJ). Atua desde 2010 na educação básica, como professora de Língua Portuguesa e suas literaturas nos ensinos fundamental e médio (SEEDUC – RJ).  É membro do grupo de pesquisa do CNPQ “Escritos Suspeitos” (UFF). Sua pesquisa atual está centrada na ficção criminal/ detetivesca brasileira de autoria feminina. Link para o currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0576614570333789. ORCID ID: https://orcid.org/0000-0001-7952-2239. E-mail: [email protected].

Vanessa da Fonte Cabral Viégas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Vanessa da Fonte Cabral Viégas - é mestranda em Estudos Linguísticos (UERJ - FFP). Atua desde 1999 na educação básica, como professora de Língua Inglesa, nos ensinos fundamental e médio na Rede Pública (SEEDUC e FME- Niterói)  e em cursos livres. É membro do grupo de pesquisa Profjus (Grupo de Pesquisa Formação de Professores, Linguagens e Justiça Social) do CNPq (PPLIN / UERJ-FFP). Sua pesquisa está centrada em relações étnico-raciais e decoloniais no ensino de línguas adicionais. Link para o currículo lattes:  http://lattes.cnpq.br/0741348299849598. E-mail: [email protected]

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Publicado

2023-04-17

Como Citar

Alves da Silva, A., Souza de Morais, R., & da Fonte Cabral Viégas, V. (2023). MEMÓRIAS FEMININAS NEGRAS: decolonizar é contar a história que os livros não contam. Revista Eletrônica Do Instituto De Humanidades, 28(54), 22–43. Recuperado de https://publicacoes.unigranrio.edu.br/reihm/article/view/7575

Edição

Seção

Dossiê temático: Literatura negra feminina brasileira no século 21