Blanchot And Nancy: The translatability of these two.
Resumo
No início do século XXI um diálogo entre literatura e filosofia assume bases mais flexíveis. Uma “escavação” nos limites da filosofia vem sendo feita por filósofos contemporâneos e críticos literários. Os nomes de Maurice Blanchot e Jean-Luc Nancy assumem alto patamar nestes estudos. Os dois estudiosos franceses assumem que só o conhecimento e a razão não bastam na empreitada para o elucidar do ser humano, e que o singular de cada indivíduo pode ser traduzido na percepção e no desvendar do que o ser possui de mais sensível em sua essência. Essa nova abordagem na compreensão do ser exige que várias antigas estruturas sejam quebradas e uma nova forma de ver, sentir, pensar e entender o indivíduo seja elaborada. Assim sendo, um mergulho nas águas da literatura levará a percebermos diferenças e pluralidades que segundo Blanchot e Nancy são a chave para um movimento na direção do desconhecido, do não velado, ou do subrepticiamente dito. A voz de um outro se ouve através deste novo processo: é uma alteridade que se faz presente necessariamente quando ‘la pensée dérobée’ ou o pensamento que vem furtivamente é observado.
Palavras chave: não-saber, angústia, pensamento nu, alteridade, literatura, filosofia,singularidade, pluralidade, voz.