Video meliora, proboque: sequor deteriora

Autores

  • Amós Coêlho da Silva UERJ

Palavras-chave:

mito, poesia trágica, psicanálise.

Resumo

Este artigo apresenta uma reflexão sobre as afinidades entre “id”, energias primitivas, “superego”, um sistema de interdições, e “ego”, um meio termo entre o desejo e as exigências das relações sociais. Assim, leremos o simbolismo de Fedra, filha de Pasífae e Minos, a segunda união de Teseu, como alegoria das nossas fantasias sexuais. Os mitos significam uma função da psique e uma analogia da vida psíquica dos homens. Como Hipólito, filho do herói Teseu e de uma união anterior, só se dedicasse a Ártemis, símbolo de castidade ou da abstenção sexual, irritou a bela Afrodite, que fez Fedra, sua madrasta e nova esposa de seu pai, se apaixonar por ele. Em revanche, Fedra escreveu para Teseu uma carta em que declarou que Hipólito a estuprou. Ela simulou o estupro. Indicou a porta arrombada de seu quarto e suas vestes rasgadas; desse modo, quando Teseu chegou de viagem, tomou conhecimento de tudo. Teseu, desesperado de raiva, mas não querendo matá-lo, o expulsou de casa e pediu a Posídon que presidisse sua vingança. Como a carruagem de Hipólito corresse à beira-mar e um monstro surgisse das águas, assustou os cavalos que o derrubaram e, na queda, com os pés presos em correias foi arrastado contra os rochedos. Tomada pelo remorso, Fedra se enforcou.

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Publicado

2008-11-15

Como Citar

da Silva, A. C. (2008). Video meliora, proboque: sequor deteriora. Revista Eletrônica Do Instituto De Humanidades, 2(7), 10–20. Recuperado de https://publicacoes.unigranrio.edu.br/reihm/article/view/80