O ESTUDO DAS (IR)REGULARIDADES DA LINGUAGEM NAS DIFERENTES CORRENTES LINGUÍSTICAS DA CONTEMPORANEIDADE
Palavras-chave:
Linguagem, Analogia-anomalia, (Ir)regularidadesResumo
A controvérsia analogia-anomalia é foco dos estudos da linguagem desde a Antiguidade, mas até os dias atuais algumas correntes e escolas linguísticas apoiam-se na observação dos aspectos regulares e universais da linguagem, outras, inclusive, fazem das irregularidades e diversidades linguísticas seus objetos de estudo. Na Antiguidade, pensadores como Aristóteles, Dionísio da Trácia e Apolônio Díscolo defendiam a abordagem analogista, enquanto os Estoicos e Varrão eram entendidos como anomalistas. Já na Idade Moderna, correntes como o Estruturalismo e o Gerativismo também buscam identificar e sistematizar os fatores regulares e universais da linguagem, enquanto a Sociolinguística Variacionista e outras correntes pós-modernas olham para a heterogeneidade das práticas linguísticas. Embora existam diferentes abordagens e enfoques no estudo da linguagem, entende-se que todos são relevantes e complementares. É sobre esta diversidade que o presente artigo se debruça.
Referências
ARISTÓTELES. Órganon. Tradução do grego, textos adicionais e notas de Edson Bini. Bauru: Edipro, 2005
BORGES NETO, José. Ensaios da filosofia linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
CEZARIO, Maria Maura e VOTRE, Sebastião. Sociolinguística. In MARTELOTTA, Mario Eduardo (org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2018. p. 141-156
CHOMSKY, Noam. Novos Horizontes no Estudo da Linguagem. DELTA [online]. Vol.13, p. 51-74. 1997.
COSTA, Marcos Antonio. Estruturalismo. In MARTELOTTA, Mario Eduardo (org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2018. p. 113-126
CUNHA, Angélica Furtado da. Funcionalismo. In MARTELOTTA, Mario Eduardo (org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2018. p.157-176
DURANTI, Alessandro. History of Linguistic Anthropology. In SUJOLDZIC, Anita (ed.) Anthropolgy Lingustics. Oxford: Eolss Publishers Co. Ltd., 2009. p. 263-278
FARACO, Carlos Alberto. Linguística histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
FIORIN, José Luiz. O projeto hjelmsleviano e a semiótica francesa. Galáxia, nº 5, p. 19-52. Ed. de abril de 2013.
KENEDY, Eduardo. Gerativismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2018. p. 127-140
LEPSCHY, Giulio C. O início do Estruturalismo Estadunidense. In: LEPSCHY, Giulio C., A linguística estrutural. São Paulo: Editora Perspectiva, 1971. p. 79-100
LABOV, William. Some Observations on the Foundation of Linguistics. 1987 Disponível em: https://www.ling.upenn.edu/~wlabov/Papers/Foundations.html Acessado em: 14 de dezembro de 2019.
MARTELOTTA, Mário Eduardo. Conceitos de gramática. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2018. p. 43-70
NEGRÃO, Esmeralda; SCHER, Ana Paula; VIOTTI, Evani. A competência linguística. In: FIORIN, José Luiz (Org.) Introdução à Linguística: I. Objetos teóricos. 6. Ed., São Paulo: Contexto, 2018. p. 95-120
NICHOLS, Johanna. Functional Theories of Grammar. Ann. Rev. Anthropol. p. 97-117, 1984.
PETTER, Margarida. Linguagem, língua, linguística. In: FIORIN, José Luiz (Org.) Introdução à Linguística: I. Objetos teóricos. 6. Ed., São Paulo: Contexto, 2018. p. 11-24
PIETROFORTE, Antonio Vicente. A língua como objeto da Linguística. In: FIORIN, José Luiz (Org.) Introdução à Linguística: I. Objetos teóricos. 6. Ed., São Paulo: Contexto, 2018. p. 75-94
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. 28.ed. São Paulo: Cultrix, 2012.
RAMPTON, Ben. Continuidade e mudança nas visões de sociedade em linguística. In MOITA LOPES, Luiz Paulo. Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo, Parábola Editorial, 2006. P. 109-128
ROBINS, R. H. Pequena história da linguística. Trad. Luiz M. M. de Barros. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, [1979] 2004.