Quando rótulos se tornam estigmas: o “aluno Bolsa Família” em uma escola pública municipal em Duque de Caxias

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Resumo

O presente artigo aborda os conceitos de rótulo (Rist, 1977) e estigma (Goffman, 1963) para analisar os processos de rotulação e estigmatização de alunos no contexto escolar, propondo a abordagem de Link e Phelan (2001) como chave interpretativa para o fenômeno da estigmatização. Argumenta-se que a estigmatização depende da convergência de quatro etapas: distinção e rotulação das diferenças; associação do rótulo a atributos negativos; isolamento social; perda de status e discriminação que levam a desvantagens sociais. Por meio dos resultados obtidos em uma pesquisa com professores e gestores de uma escola pública municipal em Duque de Caxias, foi possível observar que fatores como origem familiar, comportamento e desempenho escolar afetam as percepções dos docentes e gestores, revelando rótulos indexados aos alunos e suas famílias. Quando estes rótulos mobilizam representações negativas, tem início um processo de conversão dos rótulos em estigmas, que implicam em descrédito social. Analisa-se o rótulo do “aluno Bolsa Família” como exemplo paradigmático do modelo proposto neste artigo.

Biografia do Autor

Camila Peres Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduada em História pela UFRJ e Mestra em Educação pela UFRJ.

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Publicado

2023-05-07

Como Citar

Lima, C. P. (2023). Quando rótulos se tornam estigmas: o “aluno Bolsa Família” em uma escola pública municipal em Duque de Caxias. Revista Magistro, 2(26). Recuperado de https://publicacoes.unigranrio.edu.br/magistro/article/view/7400

Edição

Seção

Artigos