CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS NOS CAMINHOS PARA CONTEXTUALIZAR A ESTEQUIOMETRIA

Abstract

Este artigo apresenta diferentes abordagens traçadas na tentativa de contextualizar o ensino de estequiometria. A contextualização do ensino de química tem como objetivo fomentar a capacidade do aluno, enquanto cidadão, de racionalizar atitudes críticas e condizentes, perante os mais variados eventos que ocorrem na vida em sociedade e que demandam conhecimento químico para seu entendimento. Com o objeto de compreender as diferentes maneiras de contextualizar o ensino de estequiometria, buscando averiguar as convergências e divergências, esse artigo selecionou dois artigos com propostas de ensino com abordagens diferentes (A e B) e, comparou-as. Foram utilizadas as proposições apresentadas por Bardin na análise de conteúdo, na construção das categorias e nas posteriores inferências e interpretações. Dos documentos analisados emergiram quatro categorias em comum: conceitos de estequiometria, cotidiano, experimentação e atividades avaliativas, tidas como importantes para que se obtenha um ensino contextualizado. As propostas divergem na forma na qual as categorias são articuladas, apresentando diferentes graus de contextualização. A proposta A se sobressaiu por ter possibilitado um ensino questionador e instigante para seus alunos aproximando-se de uma contextualização pela compreensão da realidade social. Enquanto que a proposta B embora carecesse no aprofundamento do conteúdo explicitado, ainda assim, permitiu elevar a participação de seus alunos e apresentando uma contextualização científica de fatos e processos. Por fim, não se pode inferir que os resultados obtidos estão relacionados diretamente com as características das abordagens pedagógicas selecionadas, pois se deve considerar também a formação dos autores, a concepção de ensino-aprendizagem, experiência em sala de aula entre outras possíveis variáveis influenciadoras na execução das propostas.