MEMÓRIA INDIVIDUAL E EXPERIÊNCIA ESTÉTICA EM INFÂNCIA, DE J. M. COETZEE

Autores

Palavras-chave:

Memória. Criação literária. Coetzee.

Resumo

A partir da segunda metade do século XIX, o entendimento tradicional de memória individual como registro transparente do passado começa a ser desafiado. Pelo contrário, passa a ser reconhecida a interferência ativa do indivíduo na produção de seus acervos de memórias. A memória individual, desde então, vem sendo percebida enquanto construção subjetiva, narrativa, permeada pela imaginação, e, passível de concatenação justamente por ser entremeada pelo esquecimento. O texto autobiográfico lida com essa interferência do sujeito na produção de memória, já que o texto autorreferente nunca estará livre da parcialidade do ponto de vista de seu autor. O objetivo deste trabalho é analisar o livro Infância, do escritor sul-africano J. M. Coetzee, verificando a abordagem da memória nesta obra que, apesar de ser um registro de cunho autobiográfico, emprega um narrador em terceira pessoa, e no tempo verbal presente (present tense). As asserções de Beatriz Sarlo, Eurídice Figueiredo e Luiz Costa Lima, entre outros, embasarão este estudo, onde procura-se verificar a utilização da memória individual, não só como tema, mas também matriz e substrato para criação literária. 

Biografia do Autor

Franciele Aparecida Nogozeky, UNIANDRADE (Centro Universitário Campos de Andrade)

Formada em Letras Inglês/Português pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), cursando Mestrado em Teoria da Literatura no Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade).

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Publicado

2020-01-28

Como Citar

Nogozeky, F. A. (2020). MEMÓRIA INDIVIDUAL E EXPERIÊNCIA ESTÉTICA EM INFÂNCIA, DE J. M. COETZEE. Revista Eletrônica Do Instituto De Humanidades, 22(48), 110–123. Recuperado de https://publicacoes.unigranrio.edu.br/reihm/article/view/5950

Edição

Seção

Artigos