SAÚDE DO HOMEM E MASCULINIDADES EM ESPAÇOS DE POBREZA
Resumo
O presente artigo se propõe a apresentar uma revisão bibliográfica sobre saúde do homem, masculinidades e pobreza. Trata-se, portanto, de compreender algumas das contradições presentes na relação entre acesso a saúde – especialmente na atenção primária – pelo homem em espaços de pobreza e o exercício das masculinidades. A ideia central do texto está na reflexão sobre as questões de gênero e as interseccionalidades, observando que em variados contextos a doença é considerada como uma fragilidade do homem em dois aspectos principais – o sociocultural e o econômico. No que se refere aos aspectos sociais e culturais, temos uma assimilação simbólica e ideológica do não acesso a saúde que é formada por conhecimentos, valores, atitudes e crenças do imaginário popular, as quais giram em torno da negação da relação saúde-doença. Na esfera econômica, podemos dizer que os determinantes econômicos se expressam na posição do sujeito em termos de classe social. Isto, sobremaneira, vai determinar a capacidade e possibilidade real de acesso (ou não) do homem ao sistema de políticas públicas de saúde.