Dignidade da Pessoa Humana na Pacificação das favelas cariocas

Autores

  • Ana Paula Lopes
  • Bianca Freire

Resumo

O termo pacificação, muito utilizado não surgiu agora. É possível identificar discursos de pacificação em outros momentos históricos do Brasil. Veremos aqui a origem desse discurso, seu objetivos em diferentes momentos da História, quem são pacificadores e pacificados e, como a pacificação vem sendo utilizada atualmente no Rio de Janeiro. Quando ouvimos ou lemos o vocábulo pacificação, fazemos referência direta à paz e aos seus sinônimos. Assim, poderíamos dizer que a palavra pacificação mantém sinonimicamente relação com reconciliação e com ação de aquietar. No entanto, definida no dicionário de língua portuguesa como ação ou efeito de pacificar, tornar pacífico, restabelecimento da paz, a palavra pacificação tem dado nome a diferentes ações e modos de regulação social, não só o Brasil, mas em outras partes do mundo. Deve-se ressaltar que o termo pacificação é usado desde o período colonial ibérico, principalmente na América Espanhola, como justificativa para a catequização dos povos indígenas. Durante a colonização espanhola, o termo é encontrado no discurso sobre a proibição de fazer a guerra e usar meios coercitivos para forçar a conversão dos nativos nas Américas. Em novembro de 1542, com a promulgação das Leyes Nuevas3o termo em espanhol pacificaciones se consolidou. A medida proibia a escravização dos índios na América Espanhola. As pacificaciones também foram objeto de debate entre Bartolomeu de Las Casas, contra a escravização dos índios, e Juan Gines de Sepúlveda, que defendia a guerra contra os índios em um momento histórico que ficou conhecido como Junta de Valladolid em 1550.

Biografia do Autor

Ana Paula Lopes

Advogada, professora universitária, mestre e doutoranda em direito penal.

Bianca Freire

Advogada, mestre em sociologia política

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Publicado

2018-11-15

Como Citar

Lopes, A. P., & Freire, B. (2018). Dignidade da Pessoa Humana na Pacificação das favelas cariocas. Revista De Direito Da Unigranrio, 8(2). Recuperado de https://publicacoes.unigranrio.edu.br/rdugr/article/view/5320

Edição

Seção

Artigos Externos