O PAPEL DA EXPERIMENTAÇÃO COMO PROPOSTA NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA REVISÃO DAS PUBLICAÇÕES NA REVISTA QUÍMICA NOVA NA ESCOLA

Autores

  • Felipe Rodrigues Martins Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro
  • Cristina Maria Carvalho Delou Universidade Federal Fluminense
  • Fernanda Serpa Cardoso Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Experimentação. Revisão bibliográfica. Ensino de Química.

Resumo

A revista Química Nova na Escola (QNEsc) propõe-se a subsidiar o trabalho, a formação e atualização da comunidade do Ensino de Química brasileiro, constituindo espaço aberto ao educador. O crescente interesse em pesquisas sobre educação em Ciências começou na década de 1960, contudo, no final dos anos 1970, os pesquisadores repensaram as abordagens e os objetivos das investigações na área. Segundo Vygotsky, o pensamento do indivíduo é constituído na interação social, mediado simbolicamente. Nesse sentido, as palavras se apropriam da função dos conceitos antes mesmo de atingirem o nível dos conceitos. Segundo Bachelard, professores de ciências não consideram os conhecimentos empíricos já constituídos pelo aluno. O objetivo do presente trabalho é compor uma revisão bibliográfica quanto ao papel da experimentação no ensino de Química entre as publicações da QNEsc nos últimos dez anos (2008-2018), tendo sido realizado na forma de pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica. Dos 94 resultados, foram selecionados 10 artigos. Considerando-os, pode-se afirmar que as atividades experimentais devem permear as relações de ensino-aprendizagem, pois estimulam o interesse dos alunos, contudo, há ressalvas quanto ao caráter “messiânico” da experimentação. A atividade experimental na perspectiva problematizadora permite que o aluno desenvolva as habilidades de investigar, manipular e comunicar, contudo, devem ser criadas situações-problema que respeitem a perspectiva contextualizadora. O professor deve suscitar nos estudantes o espírito crítico, a curiosidade, a não aceitação do conhecimento simplesmente transferido. A aprendizagem significativa pressupõe a interação entre uma nova informação com uma estrutura de conhecimentos específicos preexistentes na estrutura cognitiva do aluno.

Biografia do Autor

Felipe Rodrigues Martins, Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro

Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) e mestrado em Diversidade e Inclusão pela Universidade Federal Fluminense (2016). Atualmente é professor de química no Ensino Médio do Colégio Salesiano Santa Rosa, do Colégio São Vicente de Paulo e professor de Química do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro onde trabalha no Setor Espaço de Inclusão. Tem experiência na área de Ensino de Ciências, com ênfase em Educação Especial na perspectiva inclusiva.

Cristina Maria Carvalho Delou, Universidade Federal Fluminense

Psicóloga, Licenciada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1981), Especialista e Mestre em Educação na área de concentração Educação de Superdotados pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1987), e Doutora em Educação, pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Professora Associado IV, aposentada, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Lecionou em diferentes cursos de licenciatura, de graduação plena, e cursos de pós-graduação lato e stricto-sensu. Participou da elaboração e foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Diversidade e Inclusão - Modalidade Profissional (CMPDI), criado pela CAPES em 2013, da área 46-Ensino, no período de 2013 a 2017. É Membro Permanente no Programa de Pós-Graduação Ciências e Biotecnologia, do Instituto de Biologia da UFF, e Colaboradora no Programa Ensino de Biociências e Saúde (IOC-EBS/FIOCRUZ). É Bolsista de Produtividade em Pesquisa Nível 2 e líder do Grupo de Pesquisa Talento e Capacidade Humana na Sociedade e na Educação, vinculado ao Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil do CNPq. Coordena atividades de extensão no Programa de Atendimento a Alunos com Altas Habilidades/Superdotação (PAAAH/SD), na Escola de Inclusão, que são apoiados pela CAPES (Novos Talentos e PIBID), pelo PROEXT/MEC e pela FAPERJ. É autora de artigos e capítulos de livros. É membro do Conselho Editorial de diversas revistas científicas. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, atuando em: educação especial, educação inclusiva, altas habilidades, superdotação, materiais didáticos acessíveis, inclusão e formação continuada de professores. Foi Membro do Conselho Técnico do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD) no período de 2003 a 2012, voltando em 2016, e Presidente do ConBraSD no biênio 2011-2012. Vice-Presidente da Associação Brasileira de Diversidade e Inclusão (ABDIn) no período 2015-2018.

Fernanda Serpa Cardoso, Universidade Federal Fluminense

Doutora em Ciências e Biotecnologia pela Universidade Federal Fluminense. Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas - Faculdades de Barra Mansa (1992) , especialização em Microbiologia (1994), especialização em Mediação Pedagógica em EAD (2010) e mestrado em Ciências (Pós graduação em Ensino em Biociências e Saúde - FIOCRUZ -2007. Atualmente é docente do Departamento de Biologia Celular e Molecular e do Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI) da Universidade Federal Fluminense professora titular da disciplina Biologia do Colégio Salesiano Santa Rosa. É ainda coordenadora da Curso de Férias para Alunos Superdotados da Escola de Inclusão da UFF e DIECI. Membro do grupo DIECI - Desenvolvimento e Inovação no Ensino de Ciências, atuando e orientando projetos e trabalhos de conclusão de curso principalmente nos seguintes temas: altas habilidades ou superdotação; interdisciplinaridade; ensino de Ciências/Biologia; Divulgação Científica; ensino de Biologia em Direitos Humanos.

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Publicado

2019-12-06

Como Citar

Martins, F. R., Delou, C. M. C., & Cardoso, F. S. (2019). O PAPEL DA EXPERIMENTAÇÃO COMO PROPOSTA NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA REVISÃO DAS PUBLICAÇÕES NA REVISTA QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. Revista De Educação, Ciências E Matemática, 9(2). Recuperado de https://publicacoes.unigranrio.edu.br/recm/article/view/5091